A onça lá do meu chão
Por Davi Valentim
É cheio de amor
Chove de vez em quando
Mas, em geral faz muito calor.
Gente branca, gente negra
Convivem a trabalhar
Trabalham tanto assim
Pra família alimentar.
Açude, riacho e cacimba
Vivo neles a nadar
Gosto tanto dessa vida
E gosto do meu lugar.
Dizem muito que lá tem onça
Mas onça num tem lá não
Mas o povo é muito brabo
Que falam feito "truvão".
Lagoa de Onça é meu chão
Com linguagem particular
O povo fala avexado
É os modos de se falar.
Quando acordo de manhã
Ouço o galo a cantar
Pego logo a mochila
E vou pra escola estudar.
A noitinha durmo cedo
Ouço a coruja cantar
Sonho com um novo dia
E a rotina começar.
Davi Valentim é aluno do 6º, na Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mora na comunidade de Lagoa de Onça.