O Córrego e o seu povo
Por Erasmo Gomes
Hoje o Córrego tá aniversariando Isso é só porque a 58 anos atrás
O seu nome de vila já ia mudando
Esse (distrito) idade nova hoje faz
Então desde o início da fundação
Tem muita história pra se contar
Luiz Francisco e o seu caminhão
Manuel Luiz e o redondo a brincar
Dona Salvina e sua louça de barro
A professora Josefa Oliveira Xavier
Nessa época quase não tinha carro
O boi-de-rei de Manuel Pereira no pé
E nossa Sra do perpétuo Socorro
A primeira capela aqui construída
Em 1940 ia acolhendo o seu povo
Até a de São Mateus ser erguida
Das famílias que habitaram aqui
Temos, Ramos, Gomes, e Vicente
Inácio, Bernardo, eu não esqueci
Os Ferreira com toda sua gente
Não dá pra todo sobrenome citar
Agora todas as famílias de bem
Sintam-se felizes pelo seu lugar
Porque gente acolhedor aqui tem
Vamos falar do tempo de criança
Das carreiras nos campos de bola
As batidas de tijolos na esperança
De um futuro melhor lá na escola
E da barulheira na casa de farinha
A meninada apanhando castanha
A gente assistindo TV na pracinha
Desconfiado com gente estranha
Cícero Marques com o seu bastão
Dando porrada na bola atrás do gol
O time que só ia jogar de caminhão
Zé Emídio matando nambu no vôo
As missas de ano ao amanhecer
Seu Gentil sério com o seu moral
A gente era feliz sem desmerecer
Mas São Mateus já era Especial
Dona Terezinha foi nossa diretora
Vivaldo Brandão o nosso prefeito
Dona Aparecida minha redentora
Que a muitos ensinou do seu jeito
Custódio e pilão com o jumento
Secava toda água do cacimbão
Severino Inácio tinha um talento
Fazia a festa com o fole na mão
E a família Pereira a do meu pai
Com tantos cantadores de viola
Tio João e Chico pro senhor vai
Essa homenagem rimada agora
Meus parabéns a cada habitante
Por seus 58 anos de pura batalha
Zelar nossa história é importante
Pois a história contada não falha.