NOSSA HISTÓRIA - A Comunidade de Lagoinha

A Comunidade de Lagoinha

O povoado de Lagoinha está localizado no município de Boa Saúde, no Estado do Rio Grande do Norte. Sua distância para a sede do município é de nove quilômetros, dos quais sete de estrada asfaltada. 

Escola António Silvério - Lagoinha
A origem da localidade foi uma fazenda por nome de Lagoinha, que pertencia a Aníbal Barbalho de Oliveira. O povoado surgiu tendo como primeiros habitantes: Antônio Silvério, João Silvério, Francisco Silvério, Oliveira Basílio, João Belo, Antônio Belo, Izídio dos Santos, Joaquim dos Santos e Amaro Targino. A família Silvério, também chamada de Velo é das mais antigas do lugar.

No início do povoado, o trabalho das pessoas era relacionado com a sobrevivência. Os primeiros habitantes caçavam, pescavam e extraiam madeira para o consumo, além de praticarem a agricultura de subsistência e criarem animais.

Quanto à vegetação predomina a caatinga. As pessoas supriam suas necessidades de água, cavando cacimbas no leito do rio Trairi, de onde água salobra era transportada em barris, galões, potes e cabaças. Em relação à água para beber, grande parte das famílias da comunidade desde muito tempo se abasteciam de um poço tubular existente na Fazenda Gajarana. Outra forma de abastecimento da comunidade era através de carro pipa. Atualmente existe água encanada na comunidade através de rede de distribuição ligada a Adutora Monsenhor Expedito. 

Em relação à economia do povoado, não houve muita mudança, pois a maioria das pessoas continua vivendo da agricultura de subsistência e com ajuda dos programas sociais do governo. É comum as pessoas saírem do lugar em busca de uma vida melhor e apenas um pequeno número de pessoas são empregadas, principalmente como funcionários públicos.

Uma das pessoas consideradas mais importantes para a comunidade foi Maria Cacimira da Conceição, conhecida como Maria Louceira, porque fazia louça de barro. Ela era descendente de índios e casada com José Germano da Silva. Faleceu com 100 anos de idade. Seu marido faleceu primeiro e ela sustentou os 10 filhos do casal, fazendo louça de barro e vendendo em casa e nas feiras. Outra pessoa lembrada na comunidade é Josefa Ângelo, mais conhecida como “Mãe Zefinha” pois a mesma era parteira e rezadeira.. 

O artesanato existente na localidade de Lagoinha era feito de palha de carnaúba por Josefa Rosa. Ela produzia chapéus, esteiras e vassouras que eram vendidos para ajudar no sustento da família.

Em Lagoinha existe uma Igreja Católica construída em julho de 2002 com o apoio e a contribuição da comunidade, tendo a frente um grupo de jovens que realizou campanhas através de bingos e rifas para arrecadar dinheiro para a construção. O padroeiro de Lagoinha é São João Batista e o terreno da Igreja foi doado por João Custódio da Silva, que sendo devoto de São João ofereceu o local de espontânea vontade para a sua construção e, por isso, o pároco e a comunidade em sua homenagem escolheram o referido santo para padroeiro da localidade. A festa em homenagem a São João Batista é realizada no mês de junho, com novenas, missa, procissão e show. Atualmente, na igreja são rezados terços, encontros aos sábados e domingos e, missas todo final de mês.

Na comunidade existe, também, uma Igreja Evangélica. Inicialmente residiam em Lagoinha apenas quatro evangélicos que se deslocavam para participar de cultos nas localidades vizinhas. Com o passar do tempo, o número de evangélicos cresceu e foi construída a Assembléia de Deus.

Em Lagoinha existe um Grupo de Capoeira que teve início através de alguns jovens que se deslocavam para Boa Saúde todos os sábados para participar de um Curso de Capoeira organizado por José Alai de Souza, em 2002. Terminado o curso, João da Silva e Giliarde continuaram se reunindo com outros jovens de Lagoinha e realizando treinos de capoeira, dando origem ao grupo, que contou sempre com o incentivo de José Alaí e de outras pessoas.

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