Versejando sobre a minha terra

Versejando sobre a minha terra

Versejando sobre a minha terra
Por Sara Maria


Casa de Joaquim de Oliveira
Essa terra é diferente,
Ela é bastante quente,
Tem um povo divertido,
Tem muita boa gente,
Que gosta de se entreter,
Com internet, rádio ou tevê,
E quando vem um circo,
Todos correm pra ver,

Agora eu faço um verso,
Pra os que serão adultos,
Como é linda essa juventude,
Com toda essa virtude,
Luta pelos direitos,
Vai atrás dos seus sonhos,
E tem toda uma atitude.

O ser humano destrói
As árvores aqui da mata.
Como querem um ar puro
Se só sabem destruir a mata?
O homem é obscuro,
Não tem um belo futuro,
Pois fica destruindo tudo.

Nossa linda região.
Não é muito diferente.
Mas tem gente exigente,
Com um engraçado sotaque.
Não tem um grande destaque.
Alguns vivem numa boa.
Tem até quem vive na lagoa.

Um dia marcante

Um dia marcante

Um dia marcante
Por Camila Oliveira

Um dia marcante sempre será lembrado, nunca apagado, foi o dia em que presenciei a morte da minha bisavó, não lembro muito bem por que eu tinha cerca de quatro anos, hoje aos quinze me veem flashes daquele dia, vamos ao dia fatídico.

Camila Oliveira
Um tempo atrás, dia de sol, minha bisa acordou cedinho como de costume, umas nove horas da manhã varreu o terreiro, quando terminou tomou banho e se vestiu, minha avó foi até a sua casa levar-lhe o almoço e foi embora, bisa ficou almoçando, enquanto isso eu estava andando de bicicleta, danado voltas em seu terreiro enorme, quando entrei percebi que ela não estava se sentindo bem, estava vomitando e de repente vi que ela não se mexia, fiquei apavorada e corri para chamar meus avós, os dois chegaram, mexeram nela e nada, lembro que veio um carro branco, que hoje sei era uma ambulância, eles a levaram e com um tempo chegou a notícia de que ela havia morrido, na época não conseguia entender, só fui compreender muito tempo depois de crescida.

Pude sentir o quão triste é perder alguém que amamos muito, perder uma pessoa dói bastante e nada e ninguém faz esquecer, é algo que será lembrado e nunca será apagado, não podemos fazer nada apenas nos conformar, emfim o único jeito é carregar lembranças na mente e a saudade no peito, saudades estas muito querida de alguém que tive o prazer de conviver, embora por pouco tempo essa memória ficará eternizada em meu coração e o dia marcante embora dolorido vou guardar lá no fundo onde com o tempo não possa mais me causar angústia.

Camila Oliveira mora na comunidade de Murici e estuda o 9º ano na Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Cristiano Constantino - A lua e ela

Cristiano Constantino - A lua e ela

A lua e ela
por Cristiano Constantino

Que brilho tem a estrela?
A mais linda lá do céu?
Citarei as suas cores:
Branca, prata e cor de mel.

Tem suas fazes metamórficas
Que nos faz se admirar,
E lua é mesmo linda,
Serve até pra namorar.

O seu brilho me alegra,
Me tira da escuridão
E clareia toda terra
Do meu lindo sertão.

E as estrelas mais miudas
Ajudam a enfeitar
Quarando todo o céu
Para noite embelezar, 
Oh fulguras!
Oh céu lindo!
Só Deus pôde criar.

Como é lindo esse encanto,
Todos podem admirar,
Vou trazer até quem amo,
Para a lua nos enfeitar...

Vou cheirar ela e beija-la
Na luz desse luar,
Duas são que admiro,
Mas só uma pra amar,

Uma é criação divina
Que Deus quis me presentear,
É a mulher a quem eu amo
E pretendo me casar.

Venha logo  para ver
O esplendor ó minha amada,
Fique logo aqui comigo,
Quero ver-te admirada.
Com o brilho do luar
Quero te ver respirar,
Quero ter-te apaixonada.

Cristiano Constantino de Alcântara
Minha escola, minha vida

Minha escola, minha vida

Em comemoração ao dia dos professores publicamos aqui um poema do poeta Aderbal Ferreira que foi dedicado à Dona Terezinha Gomes por ocasião do sua aniversário que é comemorado em 15 de outubro.

O poema trata da trajetória de Dona Terezinha e mostra o quanto ela dedicou-se a educação em meios aos contratempos.


MINHA ESCOLA, MINHA VIDA

Peço ao divino Mestre
Que me dê inspiração
E que eu narre aqui em versos
Com muita convicção
A escola que foi vida
De uma pessoa querida
Que nasceu na região

Dona Terezinha Gomes
Em Córrego de São Mateus
Quinze de outubro de trinta e cinco
Foi a data em que nasceu
Essa mulher batalhadora
Uma destacada educadora
Pelo dom dado por Deus

Nascida em Boa Saúde
Mulher de grande porte
Desde a infância ela tinha 
Na educação o seu forte
De ser uma professora
E uma grande educadora
No Rio Grande do Norte

No ano cinquenta e três
Teve início a trajetória
Pois Dr. Crezo Bezerra
Entrou para sua história
Em dois de fevereiro do ano
Começou ela seu plano
Para a carreira de glória

Começou a ensinar
Lá na Rua Principal
No Córrego de São Mateus
Por três anos no total
Quando então se casou
E para o Jacaré se mudou
Porém lá continuou
O trabalho educacional


Ensinava em Jacaré
Aos filhos dos empregados
E também aos mais adultos
Que eram alfabetizados
Para serem eleitores
Ajudava ela aos senhores
Num trabalho dedicado

Candidatou-se a Câmara
Essa grande batalhadora
Em São José do Mipibu
Onde então era eleitora
Ficou na primeira suplência
E por uma desistência
Tornou-se vereadora

Já na eleição seguinte
Repetiu a empreitada
Devido a sua atuação
Foram as urnas apuradas
Logo viu que Terezinha
Dessa outra vez tinha
Sido ela a mais votada

No ano de 62
No Córrego voltou a morar
Falou com Lourdes Peixoto
Para voltar a ensinar
Foi ao Sítio Paturis
Para com Joaquim falar
Conseguiu trinta alunos
Tendo sido oportunos
Para Terezinha lecionar

Na época Lagoa Salgada
Tornou-se emancipada
E a fazenda do seu pai
Na divisa era localizada
Entre Salgada e Vera Cruz
Foi quando teve uma luz
De mudar sua empreitada

Terezinha tão dedicada
Tomou uma providência
Lá alugou uma sala
Em uma residência
Com Neves a sua irmã
Ensinava pela manhã
Com zelo e competência

Ela comprou um terreno
Juntamente com um salão
Para ampliar a sua escola
Melhorando a educação
Convidou Maria Dalvina
Que também era gente fina
Com muita dedicação

Nessa época Terezinha
No ano de sessenta e três
Conseguiu até um quadro
E outras salas ela fez
Com algumas carteiras usadas
Que à ela foram doadas
E melhorou mais uma vez

Em mil novecentos e setenta
A chefe do NURE esteve
Em visita a Vera Cruz
E foi então ao local
Á escola Iracema Brandão
E fez uma nomeação
Para diretora geral
Maria Nazaré Wanderley
A escola passou a se chamar
Era o nome de uma amiga
Que quis homenagear
E assim eram dias
Repletos de alegria
Com os alunos a estudar

Terezinha trabalhava
Com muita dedicação
E as datas comemorativas
Tinha sempre atuação
O desfile principalmente
Onde tinha muita gente
Nessa comemoração

Paulo de Souza em setenta e sete
Na eleição foi eleito
Tendo em Januário Cicco
Ele sido um grande prefeito
E que numa divisão
Ele fez a separação
Das escolas com muito jeito

Sendo assim a sua escola
Ao sair de Vera Cruz
Passou então a pertencer
Ao NURE de Nova Cruz
Tendo a chefe Auzimar
Decidido lhe nomear
Diretora pra fazer jus

No ano de oitenta e três
Essa mulher pragmática
Criou ela o supletivo
Enfrentando uma problemática
E de uma forma analítica
Ensinou Moral e Cívica
OSPB e Matemática

Aposentou-se me 85
Após trinta e um anos trabalhar
Para não deixar a escola
Depois de se aposentar
Arranjou ela um contrato
Para técnica “D” de fato
E na escola continuar

Em 90 ela apoiou
Um governo que perdeu
O eleito perseguiu
E um ultimato lhe deu
Pois o prédio era alugado
Foi quando ai o Estado
Construiu um prédio seu

Foi aí que Terezinha
Pediu sua remoção
Para ir pra Bom Jesus
Encontrando a solução
Para tentar se ver livre
Da situação terrível
De total perseguição

Em maio de 91
Chegou o novo diretor
Foi um dia de tristeza
E para ela de muita dor
Como se fosse arrancado
O seu coração dedicado
Ao trabalho com amor

Voltou ela para casa
Com a sua amiguinha
Erotildes era o nome
Era amiga e vizinha
Sentiu-se muito atingida
Pois a escola e sua vida
Agora ela já não tinha

Na escola Natália Fonseca
Foi em Bom Jesus trabalhar
Uma escolinha amarela
Que lhe fazia lembrar
A escolinha que era sua
Mas a realidade crua
Ajudou-lhe a superar

Tudo ela se lembrava
Na novela carrossel
Vendo os alunos entregarem
Presentes ao menestrel
Olhando aqueles exemplos
Lembrava dos velhos tempos
Que cumprira seu papel

Lembrava ela das festas
Que os alunos faziam
Pois em seu aniversário
Seu valor reconheciam
E no dia do professor
Quando assim o seu valor
Todos lhe reconheciam

Ela amor suas escolas
Como ninguém mais amou
E até mesmo um poema
Terezinha dedicou
As escolas da sua vida
Foi a coisa mais querida
Que Terezinha gostou

“Minha escola, minha vida
Quisera hoje eu te evitar
De ausente e triste somente
As horas passam a suspirar
Todo dia por espera
Porém só vejo o dia passar
E nesta saudade assim vivo
Nunca mais vou te encontrar
Eu bem queria que aqui estivesse
Poder te ver e também falar
Já faz tempo que fosse embora
Para nunca mais voltar”

No ano de 95
Para o Córrego ela voltou
E a disposição da prefeitura
De Boa Saúde ficou
Na escola Nossa Senhora
Do Perpétuo Socorro
Dez anos trabalhou

Hoje a nossa educação
Terezinha não tem mais
Mulher forte e dedicada
Convicta em seus diais
Nos anos em que trabalhou
A muita gente educou
Com ideias geniais

Foi muito bom meus leitores
Sobre Terezinha escrever
Pois no ano de 83
Eu passei a lhe conhecer
Em Vera Cruz trabalhava
E quando com ela conversava
Tinha sempre o que aprender

Autor: Adebal Ferreira

A onça lá do meu chão

A onça lá do meu chão

A onça lá do meu chão
Por Davi Valentim


Davi Valentim


O lugar onde vivo
É cheio de amor
Chove de vez em quando
Mas, em geral faz muito calor.

Gente branca, gente negra
Convivem a trabalhar
Trabalham tanto assim
Pra família alimentar.

Açude, riacho e cacimba
Vivo neles a nadar
Gosto tanto dessa vida
E gosto do meu lugar.

Dizem muito que lá tem onça
Mas onça num tem lá não
Mas o povo é muito brabo
Que falam feito "truvão".

Lagoa de Onça é meu chão
Com linguagem particular
O povo fala avexado
É os modos de se falar.

Quando acordo de manhã
Ouço o galo a cantar
Pego logo a mochila
E vou pra escola estudar.

A noitinha durmo cedo
Ouço a coruja cantar
Sonho com um novo dia
E a rotina começar.

Davi Valentim é aluno do 6º, na Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mora na comunidade de Lagoa de Onça.
Eleições 2016 - Resultados oficiais

Eleições 2016 - Resultados oficiais

Disponibilizamos aqui os resultados oficiais das eleições 2016 em Boa Saúde. Os mesmos foram extraídos do software Divulga 2016, fornecido pela Justiça Eleitoral.

Votação para Prefeito de Boa Saúde 2016
Votação para vereador de Boa Saúde 2016 I
Votação para vereador de Boa Saúde 2016 II
Votação por coligação
 Fonte: Divulga 2016/TSE
Eleições 2016 - Boletins de urna

Eleições 2016 - Boletins de urna

Disponibilizamos aqui os boletins de cada seção, referente a eleição 2016 em Boa Saúde.
Eleições 2016 - Boletins de urna Boa Saúde

Seção 01 - Escola Jessé Pinto Freire
Seção 02 - Escola Jessé Pinto Freire
Seção 03 - Escola Jessé Pinto Freire
Seção 04 - Escola Jessé Pinto Freire
Seção 05 - Escola Jessé Pinto Freire
Seção 06 - Escola Maria do Rosário
Seção 07 - Escola Jessé Pinto Freire
Seção 08 - Escola Maria do Rosário
Seção 09 - Escola Maria do Rosário
Seção 10 - Escola Maria do Rosário
Seção 11 - Escola Maria do Rosário
Seção 12 - Escola Maria do Rosário
Seção 13 - Escola Maria do Rosário
Seção 14 - Escola Maria do Rosário
Seção 67 - Escola Maria do Rosário
Seção 71 - Escola Estrada do Futuro
Seção 72 - Escola Estrada do Futuro
Seção 74 - Escola Estrada do Futuro
Seção 76 - Escola Estrada do Futuro
Seção 85 - Escola Chicó Maria
Seção 86 - Escola Chicó Maria
Seção 87 - Escola Chicó Maria
Seção 90 - Escola Chicó Maria
Seção 101 - Escola Chicó Maria
Seção 103 - Escola Jessé Pinto Freire

Fonte: TSE
Eleições 2016 - Vereadores eleitos em Boa Saúde

Eleições 2016 - Vereadores eleitos em Boa Saúde

Na imagem abaixo você confere os nomes, a quantidade de votos e a colocação dos vereadores eleitos em 2016 para o mandato de 2017 à  2020.
Vereadores Eleitos em Boa Saúde

Veja também os três primeiros suplentes suplentes. Os vereadores Som, Paulinho, Aldenir e Val foram reeleitos. Sara, DD, Dinho, Rosângela e Danilo são os novatos na Câmara. Os vereadores que saíram da Câmara foram: Marília, Valdinho, Zé Lúcio, Juliana e Edivaldo.
O dia da eleição em Córrego de São Mateus

O dia da eleição em Córrego de São Mateus

O dia da eleição foi marcado por alguns motins e cerca de 200 abstenções.
Votação na seção 86
O dia começou calmo em Córrego. As seções estavam instaladas na Escola Chicó Maria. Pela manhã poucas pessoas compareceram para votar preocupando assim os presidentes das seções. Se o eleitor não comparece pela manhã deixando para votar após o meio dia, isso geralmente causa congestionamento e atraso no processo de votação.

Como previsto, a maioria dos eleitores deixaram para votar a tarde mas o processo teve bom andamento. Exceto na seção 90, onde a urna travou, causando assim um certo atraso no processo de votação. Por volta das 17hs ainda havia cerca de 50 pessoas dentro da escola, esperando sua vez de votar.
Mesários da seção 86

Já nas ruas o povo estava agitado. Mesmo sendo proibido, podia se ouvir o estouro dos fogos em várias partes da comunidade. Alguns motins foram coibidos pela polícia. O Juiz da 53º zona eleitoral, Flávio Ricardo, esteve visitando os locais de votação e durante sua visita o mesmo exortou o povo a conter os ânimos sob pena de repreensões mais severas.

Às 17hs portões foram fechados. Os que estavam dentro da escola votaram e logo em seguida a votação foi encerrada.

Os resultados foram divulgados pela FM Boa Saúde.
Juciês Gomes na FM Boa Saúde


Eleições 2016 - Votação para Vereador em Córrego

Eleições 2016 - Votação para Vereador em Córrego

Na imagem abaixo você confere a votação que cada vereador da nossa comunidade obteve em cada seção do Córrego de São Mateus..

Votação para vereador em Córrego de São Mateus

Paulinho de Azulão foi reeleito para o segundo mandato. Valdinho Brandão não conseguiu renovar sua vaga na Câmara. Dinis, mais uma vez, não foi eleito. E Rosângela e Danilo foram eleitos. Córrego agora conta com três vereadores na Câmara.
Vereadores eleitos em Córrego de São Mateus