NOSSA HISTÓRIA - Entidades desportivas

NOSSA HISTÓRIA - Entidades desportivas

Entidades desportivas de Boa Saúde

Como não poderia deixar de ser, o futebol é o principal esporte do Município de Boa Saúde. O time mais antigo da cidade é o Cruzeiro Esporte Clube, fundado em 1973, com o apoio do poder municipal e tendo como principais fundadores: Auri Lúcio de Souza, João Félix Neto e Natécio Cleodon de Medeiros. Além do futebol de campo, o Cruzeiro possui também uma equipe de futebol de salão.

O futebol do município é também representado pelas equipes do Corinthians e do Santos de Córrego de São Mateus, e pelos times do Vasco da comunidade de Canto Grande e do Guarani, do povoado de Guarani. Além da participação em campeonatos municipais, as equipes do Cruzeiro, Corinthians e Santos representam o município em competições, como Copa Trairi e Matutão.

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O texto foi extraído do livro Boa Saúde: Origem e história escrito por José Alai e Maria de Deus. Algumas imagens são dos blogs que José Alai mantinha. O objetivo dessa postagem é tão somente conservar nossa história.
NOSSA HISTÓRIA - O Centro Social Izaú Vilela

NOSSA HISTÓRIA - O Centro Social Izaú Vilela

O Centro Social Izaú Vilela

Além da sindicalização dos trabalhadores rurais, com o objetivo de realizar um trabalho de assistência e promoção social nas cidades e nos sítios, da área de atuação da Paróquia de Serra Caiada, Pe. Vilela incentivou a organização das famílias e dos jovens em grupos ou instituições.

Josefa Nunes de Medeiros
Dona Zefinha Cleodon
No início dos anos 60, em Boa Saúde, naquela época Januário Cicco, foram criados: o Centro Social Izaú Vilela, o Clube de Mães Nossa Senhora da Saúde e a Juventude Agrária Católica -JAC.

O Centro Social era uma espécie de carro chefe de todas as atividades de assistência e de promoção social, que eram realizadas sob a orientação do Serviço de Assistência Rural – SAR, na comunidade: curso de alfabetização de adultos, através das escolas radiofônicas do MEB (Movimento de Educação de Base) e Curso de Madureza Ginasial pelo rádio, ambos transmitidos pela Emissora de Educação Rural; distribuição de roupas e alimentos doados pela CARITAS Arquidiocesana de Natal; promoção de palestras e campanhas educativas; distribuição de filtros ; empréstimo rotativo de sementes, inseticida, instrumentos de trabalho, depósitos para guardar cereais e pequenos animais aos agricultores, além de outras realizações: curso de corte e costura, celebração da páscoa coletiva e comemoração das principais datas festivas: Dia das Mães, São João, Natal e Ano Novo.

O Clube de Mães tinha como presidente a Senhora Maria da Salete de Lima Andrade. Eram realizadas reuniões e palestras educativas, além de doações de roupas para os recém-nascidos, enxovais esses que eram confeccionados pelas próprias gestantes, sob a orientação da Senhora Josefa Nunes de Medeiros, mais conhecida como Dona Zefinha, com tecidos comprados com recursos das mensalidades das sócias.

Padre Vilela
As atividades realizadas pelo centro social eram coordenadas pela Senhora Josefa Nunes de Medeiros, que assumia a função de presidente e contava com uma equipe de colaboradores, da qual fazia parte a Senhora Elvira Pinheiro Galvão. A participação do grupo da JAC nas atividades do centro social reunia um bom número de jovens em Boa Saúde, sob a liderança de José Alaí de Souza, que chegou a ser diretor redator do Correio Rural (jornal editado a nível nacional pela JAC) e Presidente Nacional da JAC, movimento com sede no Rio de Janeiro e atuação em 14 Estados do Brasil, no período de 10/05/1962 a 20/06/1965. José Alaí, em agosto de 1964, representou a JAC do Brasil na V Assembléia Mundial do Movimento Internacional da Juventude Agrária e Rural Católica, realizado em Camerum, na África, com a participação de jovens de 57 países dos cinco continentes.

A atuação de Pe. Vilela como vigário da Paróquia de Serra Caiada não se limitou, apenas, ao trabalho da pastoral. Sua presença foi muito marcante, também, para a formação dos jovens, o treinamento de lideranças e a organização das comunidades.

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O texto foi extraído do livro Boa Saúde: Origem e história escrito por José Alai e Maria de Deus. Algumas imagens são dos blogs que José Alai mantinha. O objetivo dessa postagem é tão somente conservar nossa história.
Projeto Meninos de Ouro

Projeto Meninos de Ouro

O Vereador Danilo Gabriel está desenvolvendo o Projeto Meninos de Ouro que conta com a participação de mais de 20 adolescentes.

O projeto é voltado para garotos entre 8 e 16 anos e objetiva a prática esportiva como forma de promover ocupação e desenvolver outras habilidades. Durante os encontros os participantes realizam treinos de futebol, exercícios orientados e participam de um momento de reflexão sobre conduta social. Ainda são orientados sobre segurança, respeito aos pais, educação, dentre outros assuntos.

Segundo Danilo, o projeto já está mostrando os frutos pois alguns pais o tem procurado para falar sobre o melhoramento da conduta dos filhos no lar. "Estamos incentivando para que os participantes se interessem ainda mais pela escola, que sejam bons cidadãos... E em breve estaremos promovendo para os participantes consultas médicas e odontológicas, palestras sobre segurança, direitos e deveres e os levando a realizar ações sociais em nosso querido Córrego de São Mateus... Estamos em parceria com o treinador Neto da cidade de Brejinho que tem um projeto igual a esse e em breve estaremos buscando parcerias com outras cidades vizinha para que os meninos possam participar de torneios e campeonatos".

Danilo informou que já conversou com o Dr. Nilson (médico de Córrego de São Mateus) para fazer uma avaliação médica nos garotos e o mesmo se mostrou muito satisfeito em poder contribuir com a ação. Danilo ainda disse que vai em busca de parcerias com a Polícia, Assistência Social, Secretaria de Educação e de Saúde, Conselho Tutelar, dentre outros.

O nome do projeto nasceu assim: "Após os últimos acontecimentos em nossa comunidade e conversando com muitas pessoas sempre ouvia as frases: 'Esse é um vagabundo... Nunca vai dar pra gente... Vai dar muito trabalho aos pais... Vai morrer logo, logo...' Diante disso nasceu a preocupação com o futuro desses jovens e o desejo de contribuir para que em breve tenhamos jovens comprometidos com a vida, com a educação, com o próximo". Explicou Danilo.

Os treinos acontecem todos os sábados no Campo de futebol José Amorim e para participar o interessado deve procurar Danilo ou Zezinho de Leonel.
NOSSA HISTÓRIA - O Sindicato dos Trabalhadores Rurais

NOSSA HISTÓRIA - O Sindicato dos Trabalhadores Rurais

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Edivaldo Guino
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Boa Saúde
Nos primeiros anos da década de 1960, teve início a sindicalização dos trabalhadores rurais do Nordeste, a partir da organização das Ligas Camponesas, que começou nos anos 50, na zona canavieira de Pernambuco.

Com o trabalho social realizado pela Arquidiocese de Natal, através do Serviço de Assistência Rural - SAR, com o apoio das paróquias, os trabalhadores rurais do Rio Grande do Norte, também, começaram a se organizar em sindicatos.

A organização dos trabalhadores rurais de Boa Saúde teve início com a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Serra Caiada, em 18/11/1960, os quais começaram a participar do mesmo através de uma delegacia sindical. O vigário da Paróquia de Serra Caiada, na época, era o Pe. Antônio Dantas Vilela, que deu todo apoio, não somente à sindicalização dos trabalhadores rurais, mas, também, à organização de outros grupos na área da paróquia.

Em 22/11/1992, os trabalhadores rurais de Boa Saúde se desmembraram do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Serra Caiada, fundando o seu próprio sindicato, tendo como primeiro presidente o Senhor João Batista da Silva e vice-presidente o Senhor Alexandre de Freitas. Atualmente, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boa Saúde é composta pelos seguintes trabalhadores: João Batista da Silva, presidente; João Custódio da Silva, vice- presidente; Antônio Pinheiro Pinto, secretário e João Alves da Silva, tesoureiro.

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O texto foi extraído do livro Boa Saúde: Origem e história escrito por José Alai e Maria de Deus. Algumas imagens são dos blogs que José Alai mantinha. O objetivo dessa postagem é tão somente conservar nossa história.
NOSSA HISTÓRIA - A Cooperativa Agropecuária

NOSSA HISTÓRIA - A Cooperativa Agropecuária

A Cooperativa Agropecuária de Boa Saúde

Antônio Augusto de Souza
Em Boa Saúde existiu uma cooperativa, denominada de Cooperativa de Crédito Agrícola de Januário Cicco Ltda., fundada em 25/11/1956, cujo objetivo era oferecer empréstimos aos agricultores da sua área de atuação. A referida organização teve como primeiro presidente o Senhor Antônio Augusto de Souza e, depois, o Senhor Manoel Ribeiro de Andrade. O seu fechamento ocorreu na primeira metade dos anos 60, tendo como principal causa a legislação específica para o sistema financeiro que, na época, favorecia o surgimento dos bancos privados, em detrimento das cooperativas de crédito.

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Chicó Maria apresenta um bonito arraiá

Chicó Maria apresenta um bonito arraiá

Na noite desta sexta-feira, 7 de julho, a Escola Municipal Chicó Maria, realizou uma bela festa junina.  O evento foi realizado no Clube de Aurélio e contou com a participação de muitos pais de alunos e demais moradores da comunidade.

Após a palavra de agradecimento do diretor Wilson, iniciaram-se as apresentações das turmas menores. Logo em Seguida a quadrilha junina Chapéu de Palha deu um show de apresentação ao contar a história de amor em meio ao cangaço e a fé (representada pelos romeiros).












NOSSA HISTÓRIA - A Culinária

NOSSA HISTÓRIA - A Culinária

A Culinária de Boa Saúde

Nos dias atuais, a caça e a pesca pouco contribuem para a alimentação da população. De um modo geral, grande parte dos alimentos mais consumidos em Boa Saúde ainda são originários da sua produção agrícola, da sua pecuária e da criação doméstica de aves. A base da alimentação da maioria da população é o feijão branco ou macaçá e a farinha de mandioca.

As formas de preparo dos alimentos não diferem muito das demais regiões do Estado. As carnes, geralmente, são preferidas torradas ou guisadas, sendo que a carne de sol é consumida assada na brasa, sob a forma de paçoca ou, ainda, cozida no feijão. Os principais pratos típicos preparados à base de carnes são: buchada de carneiro, picado (sarapatel), feito de vísceras de carneiro ou de porco, panelada, feita de mão-de-vaca ou outra carne bovina com osso. Os temperos usados são: pimenta do reino em pó, alho, cebola, colorau, vinagre, sal e cheiro verde (coentro e cebolinha).

Dependendo de determinadas datas e ocasiões, são preferidos alguns tipos de pratos:

- Na sexta-feira da paixão, o almoço é preparado à base de peixes, que são cozidos no leite de coco ou fritos, tendo como principais complementos pirão e arroz no coco.

- Pelo Natal, Ano Novo e por ocasião das festas de casamento, galinhas e perus são preparados sob as formas de assado e de guisado ou torrado. Os perus são “cevados” (alimentados) com antecedência, recebendo alimentação pelo bico, de maneira quase forçada até engordar.

- Após o parto, uma dieta muito usada era galinha “de chiqueiro” ou “capão” torrados, servidos com pirão.

- Durante os festejos juninos, faz parte das tradições o consumo de milho verde assado, cozido na palha ou ainda nas formas de bolos, pamonha e canjica, pratos que têm como um dos principais ingredientes o leite de coco. Fora da época junina, o milho é usado para fazer cuscuz, canjicão e mungunzá. Na região Agreste, a pamonha e o mungunzá são adoçados, enquanto em outras regiões, principalmente no Sertão, são salgados.

No passado, o beneficiamento do milho era feito em casa. Para fazer o cuscuz, o milho era colocado de molho na água e depois utilizava-se o moinho e a peneira para produzir a massa. Já o milho para o mungunzá era colocado no pilão, para “tirar o olho e a pele”. Para os grãos ficarem inteiros, colocava-se, juntamente com o milho no pilão, bucha de coco, na falta de palha de arroz.

O leite de gado, além do seu consumo depois de fervido, ou sob as formas de coalhada, mingaus para as crianças e papas para os mais idosos, é usado no preparo do arroz de leite, cuscuz, mungunzá e outros pratos, além da fabricação de queijos de manteiga e de coalho. Da nata do leite produz-se um tipo de manteiga, conhecida como de garrafa ou do sertão. O leite de cabra era muito usado para a fabricação de queijo de coalho. Acreditava-se que depois de iniciada a fabricação do queijo de manteiga, não podia chegar nenhuma pessoa estranha, pois a presença desta era o suficiente para colocar em risco a qualidade do produto. Faz parte da culinária da região uma variedade de alimentos provenientes do beneficiamento da mandioca. Além da farinha, que é consumida de várias maneiras, da goma produz-se: “grude”, beiju de forno, beiju seco, tapioca, “raiva” e sequilho. Da carimã ou mandioca mole, produz-se o bolo preto, ou “pé-de-moleque”, e outros tipos de bolos".
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O texto foi extraído do livro Boa Saúde: Origem e história escrito por José Alai e Maria de Deus. Algumas imagens são dos blogs que José Alai mantinha. O objetivo dessa postagem é tão somente conservar nossa história.
NOSSA HISTÓRIA - O Artesanato

NOSSA HISTÓRIA - O Artesanato

O Artesanato de Boa Saúde

Atualmente, o artesanato é produzido mais como artigo de decoração e suvenir, enquanto no passado era voltado, quase com exclusividade, para atender às necessidades do consumo doméstico.
Em Boa Saúde, no início do povoamento, o Senhor Antônio Badamero produzia móveis rústicos, tais como: cama de couro e madeira, mesas, bancos e tamboretes. Mais recentemente, o Senhor Manoel Matias fabricava vários tipos de móveis e objetos de madeira. O atual andor da procissão de Nossa Senhora da Saúde é uma das peças de madeira produzidas por ele.

Do barro de louça ou argila faziam-se uma variedade de vasilhas de utilidade doméstica, principalmente na cozinha: panelas, caco de torrar café, cuscuseira, caco de fazer tapioca, alguidar, potes, tinas, jarras e muitos outros objetos.

À arte de trabalhar o barro de louça dedicavam-se, geralmente, as mulheres e sempre passava de mãe para filha. As principais louceiras de Boa Saúde foram Belina e Chiquinha Louceira.

A argila era, como ainda hoje, muito utilizada para fazer tijolos e telhas para a construção. As pessoas costumavam fazer “arrelia” (se reunir), para “bater” e queimar tijolos e, também, para os trabalhos de construção de suas casas, trocando dias de “serviço”.

Além das vasilhas de barro, outras eram feitas de cabaço: cuias de variados tamanhos, cumbuca e o próprio cabaço para conduzir água para o roçado.

Da palha da carnaúba eram produzidos chapéus, esteiras, sacas, vassouras, espanadores, abanos e outros artigos que eram vendidos nas feiras. Usavam-se as esteiras para forrar os paióis de farinha, para servir de cama ou mesa, quando colocadas no chão com estas finalidades.

A arte dos ferreiros era, também, de grande utilidade para as comunidades do interior. Em Boa Saúde, o senhor Severino Justino de Oliveira, que por conta do seu ofício era chamado de Severino Foguista, em sua oficina produzia: escarinhador e enxada de campinadeira, esporas, peças para arreio, estribo, marcas de ferrar gado, armadores de rede, alavancas e outros objetos. Além de produzir, ainda “apontava” ou afiava os instrumentos de trabalho, quando gastos, deixando-os prontos para serem usados novamente. Outro ferreiro que prestou muito serviço à comunidade foi Abílio Ferreira da Silva, que quase não trabalha mais por falta de encomenda. Os produtos industrializados substituíram o que era produzido artesanalmente pelos ferreiros.

Outro artesanato que está desaparecendo é a renda de almofada, um trabalho que passava de mãe para filha e que ainda existe em Boa Saúde, graças à persistência e dedicação de pessoas como a senhora Maria Nair de Moura. Mais conhecida como Maria Afonso, aos 89 anos, ela não deixa a sua almofada de bilros por nada.



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O texto foi extraído do livro Boa Saúde: Origem e história escrito por José Alai e Maria de Deus. Algumas imagens são dos blogs que José Alai mantinha. O objetivo dessa postagem é tão somente conservar nossa história.