Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens
Poeta Erasmo parabeniza o Córrego

Poeta Erasmo parabeniza o Córrego

O Córrego e o seu povo
Por Erasmo Gomes
Hoje o Córrego tá aniversariando
Isso é só porque a 58 anos atrás
O seu nome de vila já ia mudando
Esse (distrito) idade nova hoje faz

Então desde o início da fundação
Tem muita história pra se contar
Luiz Francisco e o seu caminhão
Manuel Luiz e o redondo a brincar

Dona Salvina e sua louça de barro
A professora Josefa Oliveira Xavier
Nessa época quase não tinha carro
O boi-de-rei de Manuel Pereira no pé

E nossa Sra do perpétuo Socorro
A primeira capela aqui construída
Em 1940 ia acolhendo o seu povo
Até a de São Mateus ser erguida

Das famílias que habitaram aqui
Temos, Ramos, Gomes, e Vicente
Inácio, Bernardo, eu não esqueci
Os Ferreira com toda sua gente

Não dá pra todo sobrenome citar
Agora todas as famílias de bem
Sintam-se felizes pelo seu lugar
Porque gente acolhedor aqui tem

Vamos falar do tempo de criança
Das carreiras nos campos de bola
As batidas de tijolos na esperança
De um futuro melhor lá na escola

E da barulheira na casa de farinha
A meninada apanhando castanha
A gente assistindo TV na pracinha
Desconfiado com gente estranha

Cícero Marques com o seu bastão
Dando porrada na bola atrás do gol
O time que só ia jogar de caminhão
Zé Emídio matando nambu no vôo

As missas de ano ao amanhecer
Seu Gentil sério com o seu moral
A gente era feliz sem desmerecer
Mas São Mateus já era Especial

Dona Terezinha foi nossa diretora
Vivaldo Brandão o nosso prefeito
Dona Aparecida minha redentora
Que a muitos ensinou do seu jeito

Custódio e pilão com o jumento
Secava toda água do cacimbão
Severino Inácio tinha um talento
Fazia a festa com o fole na mão

E a família Pereira a do meu pai
Com tantos cantadores de viola
Tio João e Chico pro senhor vai
Essa homenagem rimada agora

Meus parabéns a cada habitante
Por seus 58 anos de pura batalha
Zelar nossa história é importante
Pois a história contada não falha.
Dudu Poeta - Que maravilha de lugar

Dudu Poeta - Que maravilha de lugar

Que maravilha de lugar
Por Dudu Poeta

Que maravilha de lugar!
O lugar onde moro,
Tem um povo bondoso,
Aqui tudo é pequeno,
Menos o amor do povo.

Que maravilha de lugar!
O sol brilha pra iluminar,
O galo canta pra me acordar,
E o passarinho também canta,
Fazendo meu coração se acalmar.

Que maravilha de lugar!
Aqui o povo é meio arretado,
Seja no campo ou na cidade,
É preciso trabalhar meu filho,
Só não pode ficar parado.

Que maravilha de lugar!
Aqui a resenha é garantida,
A simplicidade se multiplica,
E a felicidade é dividida,

E para finalizar...

Que maravilha de lugar!
Aqui foi onde pude me criar,
E hoje com orgulho posso falar,
Sou daqui, e aqui eu irei ficar!
Dudu Poeta - A lua

Dudu Poeta - A lua

A lua
Por Dudu Poeta

A noite chega de repente.
Sempre com seu jeito interessante.
Seja com as estrelas cadentes.
Seja com as luas,
Encantando seus amantes.














Nessa noite vou caminhando.
E para a lua vou olhando.
E fico só imaginando.
A beleza da sua luz.
E o quanto ela está presente.
Iluminando cada passo da gente.

E pra finalizar....
Eu olho para o céu.
E vejo as estrelas a brilhar.
Eu olho para o céu.
E vejo essa lua a iluminar.
E na minha cabeça fico a pensar.
Como Deus é perfeito.
E como ele pode impressionar.

Dudu Poeta, 10 de julho de 2020.
Foto: Marcos Aurélio
Dudu Poeta - O Cronavírus

Dudu Poeta - O Cronavírus

O Coronavírus

Por Dudu Poeta

Coisa sem explicação,
Que mata sem dó e sem compaixão,
E o povo fica brincando,
Fazendo aglomeração,
E ainda fica falando: Isso é só ilusão.


Mas não é só isso não!
A coisa é séria e não é brinquedo não,
Se a gente focar na televisão
A gente fica é doido
E não vive mais não,
E o resultado tá aí, 
É um bucado de gente com depressão,

Pois é... a coisa não é brinquedo não,
Eu como escritor fico aqui pensando,
E peço a Deus fé e inspiração,
Para logo mais escrever outros versos invertendo a situação,
E neles descrever a gente venceu com fé,
com vacina, com cuidado
E principalmente com Deus no coração.

Dudu Poeta, 29 de junho de 2020.
Literatura - Na estrada da vida

Literatura - Na estrada da vida

Na estrada da vida

Por DUDU POETA

Na estrada da vida.
É preciso caminhar.
Mesmo que o caminho seja ruim.
É preciso superar.

Precisamos entender.
Que vencer, não é só chegar.
Que vencer é conquista.
E conquista é sinônimo de lutar.

Na estrada da vida.
É preciso acreditar
É preciso imaginar.
Que mesmo que tudo seja difícil.
É preciso ter fé e sonhar.

E ainda nessa estrada dolorosa.
O não se destaca com definição.
Perdermos a esperança.
Só não podemos perder Deus no coração.

Na estrada da vida.
Precisamos entender.
Que portas se fecham sem a gente ver.
Mas, é preciso paciência.
Que Deus com eficiência.
Abre novas portas pra gente crescer.

E ainda sem a gente perceber.
Na estrada da vida.
Todo mundo é sonhador.
Todo mundo que ser  vencedor.
Mas, pra chegar, vencer e ser sonhador.
É preciso conhecer o lado da dor.

Alegrias do mês de junho

Alegrias do mês de junho

Alegrias do mês de junho
Por JUCIÊ GOMES

O mês de junho chegou
Trazendo muita alegria
Canjica, pamonha e milho
E a melhor companhia
A beira de uma fogueira
É boa a brincadeira
Que a todos bem contagia.

A rua toda enfeitada
De bandeirinha e balão
Tem muita fogueira acesa
Pra esquentar o povão
O Córrego é animado
Tem gente pra todo lado
Festejando o São João.

O povo soltando traque
Soltando também mijão
Quem passa desprevenido
De medo, corre então
Mas tudo isso faz parte
Se tornando uma arte
Seguindo uma tradição.

A tradição se renova
No batizar da fogueira
Em nome de João e Pedro
Isso não é brincadeira
Padrinhos e afilhados
Faz jura no encruzilhado
Selando pra vida inteira.

O Córrego é animado
Nas noites de São João
Em cada casa a fogueira
A noite aluimia então
Um saco de milho perto
E um menino esperto
Fazendo traquinação.

Quem mora lá na cidade
Não vive o que vivo aqui
Na cidade o povo se tranca
Mas há liberdade aqui
Na calçada a gente senta
Aqui ninguém se lamenta
Tristeza não reina aqui.




Poesia - Fé e esperança

Poesia - Fé e esperança

Fé e esperança
Por Juciê Gomes

De tantas e tantas notícias
Uma eu vou destacar
Foi a queda de muitas chuvas
Que a terra veio molhar
Enchendo o coração
Do agricultor do Sertão
Que não cansa de esperar.

De esperar no Senhor
Que pra ele sempre olha
E que no momento certo
A terra sempre Ele molha
Para quem planta feijão
Milho ou mesmo algodão
E não pára a história.

Uma história muito linda
De fé e de devoção
De roubar um São José
Na véspera do seu festão
E entregar só se chover
E se assim o santo valer
Tem milho para o São João.




Literatura - Uma noite sem energia

Literatura - Uma noite sem energia

Uma noite sem energia
Por Juciê Gomes

Ontem a noite eu pensei
Que estava no passado
Saí na calçada e olhei
"O céu estava tão estrelado".

Em cada calçada eu via
O povo feliz e sentado
Contando estórias e rindo
E recordando o passado.

Saí de casa então
E na calçada sentei
E por conta da escuridão
Um lampião velho usei.

Meu pensamento foi longe
Olhando a meninada
Gritando de alegria
Quando um carro pipa passava.

Lembrei que fazia isso
Quando faltava energia
Quando uma carreta passava
Dava gritos de alegria.

Mas então observei
Que quando a energia chegou
O povo gritou bem alto
E depois silenciou.

Cada um foi pra sua casa
Assistir a novela então
Acessar o whatszap
E acabou a animação.

Quisera eu que as noites
Como as de ontem fosse
Não com falta de energia
Mas com muita alegria
E de lembranças tão doces.
Poesia: O bloco da mandioca

Poesia: O bloco da mandioca

O bloco da mandioca
Por Erasmo Gomes


Eu  depois  de 41 anos  de  idade

Entrei  em um bloco  de carnaval
A folia foi lá sítio  fora da  cidade
Bebi tanta água, ia passando mal

E apesar de tanta água eu ingerir
Eu ia  era morrendo  com  o calor
E de tanto cansaço, eu quase caí
Eu tomei  mas água que radiador



E são nomes  dos  componentes
Erasmo e João como arrancador
Chico arranca até com os dentes
E o Jonas, quase amarra o motor

E no bloco não tinha  competição
O objetivo, colher  toda mandioca
Eu mesmo esfolei foi  minha mão
Com o peso, o pneu quase pipoca

Após os7,200 quilos de mandioca
Foi aí que a folia começou a parar
Assim foi meu carnaval na pipoca
E isso, enquanto  a  coluna deixar!

              Erasmo Gomes.
Poesia - E lá se foi o mês de junho

Poesia - E lá se foi o mês de junho

E lá se foi o mês de junho

Por Juciê Gomes

E lá se foi o mês de junho
Um mês bastante animado
De muita chuva e fartura
No Agreste do Estado
Teve quadrilha junina
Muita canjica e milho assado.

Aqui em Boa Saúde
O mês foi bem "chovedor"
Choveu quase 100 milímetros
Animando o agricultor
Que agora planta mandioca
Confiando em Nosso Senhor.

Em Córrego de São Mateus
O lugar onde eu vivo
Acendeu-se muita fogueira
E no céu teve alarido
De fogos de todas as cores
A Alegria de um povo querido.

Tomara a Deus que eu viva
Por mais um ano pra frente
Pra dizer a vocês de novo
Da alegria daqui da gente
Que pula feliz demais
Quando aqui a chuva cai
E deixa o povo contente
Cristiano Constantino - A super Lua

Cristiano Constantino - A super Lua

A super Lua
Por Cristiano Constantino


Com palavras descrevo
A minha admiração
Do arraso da lua
E sua aproximação

Com seu brilho intenso
O meu olhar não covarde
Admiro tantas vezes
Sem lembrar de maldade

E sim lembrar do amor
Que é um símbolo dela,
Que lá céu se reluz
E a nós se revela,
A lua é sempre tão linda,
A super lua é tão bela.

A lua agora estar
Em seu tamanho maior,
Mostrando toda beleza,
Mas ela não estar só,
Mesmo sendo tão linda
Com beleza fartada
A lua reina no céu,
Muito mais aproximada.

As estrelas a acompanha
Pra noite então enfeitar,
Iluminam a nossa terra
E clarea o nosso olhar.

O seu brilho no espaço
Nos chama muito a atenção,
Não deixo então no vácuo
Dou-lhe a minha atenção.

Me chama a atenção
A bela e perfeita luz
Deixada em nosso céu
Pelo Deus que morreu na cruz da cruz.

Só brilha durante a noite,
E com o sol se revesa
mandando pra nós seu brilho
Para clarear toda terra,

Me ponho então a lembrar
Do brilho que tem a mesma,
Com muita e com menas luz
Brilhando a quatro maneiras,

Temos a lua minguante,
Temos a crescente e cheia
E também temos a lua nova
E esta é a primeira.






Versejando sobre a minha terra

Versejando sobre a minha terra

Versejando sobre a minha terra
Por Sara Maria


Casa de Joaquim de Oliveira
Essa terra é diferente,
Ela é bastante quente,
Tem um povo divertido,
Tem muita boa gente,
Que gosta de se entreter,
Com internet, rádio ou tevê,
E quando vem um circo,
Todos correm pra ver,

Agora eu faço um verso,
Pra os que serão adultos,
Como é linda essa juventude,
Com toda essa virtude,
Luta pelos direitos,
Vai atrás dos seus sonhos,
E tem toda uma atitude.

O ser humano destrói
As árvores aqui da mata.
Como querem um ar puro
Se só sabem destruir a mata?
O homem é obscuro,
Não tem um belo futuro,
Pois fica destruindo tudo.

Nossa linda região.
Não é muito diferente.
Mas tem gente exigente,
Com um engraçado sotaque.
Não tem um grande destaque.
Alguns vivem numa boa.
Tem até quem vive na lagoa.

Um dia marcante

Um dia marcante

Um dia marcante
Por Camila Oliveira

Um dia marcante sempre será lembrado, nunca apagado, foi o dia em que presenciei a morte da minha bisavó, não lembro muito bem por que eu tinha cerca de quatro anos, hoje aos quinze me veem flashes daquele dia, vamos ao dia fatídico.

Camila Oliveira
Um tempo atrás, dia de sol, minha bisa acordou cedinho como de costume, umas nove horas da manhã varreu o terreiro, quando terminou tomou banho e se vestiu, minha avó foi até a sua casa levar-lhe o almoço e foi embora, bisa ficou almoçando, enquanto isso eu estava andando de bicicleta, danado voltas em seu terreiro enorme, quando entrei percebi que ela não estava se sentindo bem, estava vomitando e de repente vi que ela não se mexia, fiquei apavorada e corri para chamar meus avós, os dois chegaram, mexeram nela e nada, lembro que veio um carro branco, que hoje sei era uma ambulância, eles a levaram e com um tempo chegou a notícia de que ela havia morrido, na época não conseguia entender, só fui compreender muito tempo depois de crescida.

Pude sentir o quão triste é perder alguém que amamos muito, perder uma pessoa dói bastante e nada e ninguém faz esquecer, é algo que será lembrado e nunca será apagado, não podemos fazer nada apenas nos conformar, emfim o único jeito é carregar lembranças na mente e a saudade no peito, saudades estas muito querida de alguém que tive o prazer de conviver, embora por pouco tempo essa memória ficará eternizada em meu coração e o dia marcante embora dolorido vou guardar lá no fundo onde com o tempo não possa mais me causar angústia.

Camila Oliveira mora na comunidade de Murici e estuda o 9º ano na Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Cristiano Constantino - A lua e ela

Cristiano Constantino - A lua e ela

A lua e ela
por Cristiano Constantino

Que brilho tem a estrela?
A mais linda lá do céu?
Citarei as suas cores:
Branca, prata e cor de mel.

Tem suas fazes metamórficas
Que nos faz se admirar,
E lua é mesmo linda,
Serve até pra namorar.

O seu brilho me alegra,
Me tira da escuridão
E clareia toda terra
Do meu lindo sertão.

E as estrelas mais miudas
Ajudam a enfeitar
Quarando todo o céu
Para noite embelezar, 
Oh fulguras!
Oh céu lindo!
Só Deus pôde criar.

Como é lindo esse encanto,
Todos podem admirar,
Vou trazer até quem amo,
Para a lua nos enfeitar...

Vou cheirar ela e beija-la
Na luz desse luar,
Duas são que admiro,
Mas só uma pra amar,

Uma é criação divina
Que Deus quis me presentear,
É a mulher a quem eu amo
E pretendo me casar.

Venha logo  para ver
O esplendor ó minha amada,
Fique logo aqui comigo,
Quero ver-te admirada.
Com o brilho do luar
Quero te ver respirar,
Quero ter-te apaixonada.

Cristiano Constantino de Alcântara
Minha escola, minha vida

Minha escola, minha vida

Em comemoração ao dia dos professores publicamos aqui um poema do poeta Aderbal Ferreira que foi dedicado à Dona Terezinha Gomes por ocasião do sua aniversário que é comemorado em 15 de outubro.

O poema trata da trajetória de Dona Terezinha e mostra o quanto ela dedicou-se a educação em meios aos contratempos.


MINHA ESCOLA, MINHA VIDA

Peço ao divino Mestre
Que me dê inspiração
E que eu narre aqui em versos
Com muita convicção
A escola que foi vida
De uma pessoa querida
Que nasceu na região

Dona Terezinha Gomes
Em Córrego de São Mateus
Quinze de outubro de trinta e cinco
Foi a data em que nasceu
Essa mulher batalhadora
Uma destacada educadora
Pelo dom dado por Deus

Nascida em Boa Saúde
Mulher de grande porte
Desde a infância ela tinha 
Na educação o seu forte
De ser uma professora
E uma grande educadora
No Rio Grande do Norte

No ano cinquenta e três
Teve início a trajetória
Pois Dr. Crezo Bezerra
Entrou para sua história
Em dois de fevereiro do ano
Começou ela seu plano
Para a carreira de glória

Começou a ensinar
Lá na Rua Principal
No Córrego de São Mateus
Por três anos no total
Quando então se casou
E para o Jacaré se mudou
Porém lá continuou
O trabalho educacional


Ensinava em Jacaré
Aos filhos dos empregados
E também aos mais adultos
Que eram alfabetizados
Para serem eleitores
Ajudava ela aos senhores
Num trabalho dedicado

Candidatou-se a Câmara
Essa grande batalhadora
Em São José do Mipibu
Onde então era eleitora
Ficou na primeira suplência
E por uma desistência
Tornou-se vereadora

Já na eleição seguinte
Repetiu a empreitada
Devido a sua atuação
Foram as urnas apuradas
Logo viu que Terezinha
Dessa outra vez tinha
Sido ela a mais votada

No ano de 62
No Córrego voltou a morar
Falou com Lourdes Peixoto
Para voltar a ensinar
Foi ao Sítio Paturis
Para com Joaquim falar
Conseguiu trinta alunos
Tendo sido oportunos
Para Terezinha lecionar

Na época Lagoa Salgada
Tornou-se emancipada
E a fazenda do seu pai
Na divisa era localizada
Entre Salgada e Vera Cruz
Foi quando teve uma luz
De mudar sua empreitada

Terezinha tão dedicada
Tomou uma providência
Lá alugou uma sala
Em uma residência
Com Neves a sua irmã
Ensinava pela manhã
Com zelo e competência

Ela comprou um terreno
Juntamente com um salão
Para ampliar a sua escola
Melhorando a educação
Convidou Maria Dalvina
Que também era gente fina
Com muita dedicação

Nessa época Terezinha
No ano de sessenta e três
Conseguiu até um quadro
E outras salas ela fez
Com algumas carteiras usadas
Que à ela foram doadas
E melhorou mais uma vez

Em mil novecentos e setenta
A chefe do NURE esteve
Em visita a Vera Cruz
E foi então ao local
Á escola Iracema Brandão
E fez uma nomeação
Para diretora geral
Maria Nazaré Wanderley
A escola passou a se chamar
Era o nome de uma amiga
Que quis homenagear
E assim eram dias
Repletos de alegria
Com os alunos a estudar

Terezinha trabalhava
Com muita dedicação
E as datas comemorativas
Tinha sempre atuação
O desfile principalmente
Onde tinha muita gente
Nessa comemoração

Paulo de Souza em setenta e sete
Na eleição foi eleito
Tendo em Januário Cicco
Ele sido um grande prefeito
E que numa divisão
Ele fez a separação
Das escolas com muito jeito

Sendo assim a sua escola
Ao sair de Vera Cruz
Passou então a pertencer
Ao NURE de Nova Cruz
Tendo a chefe Auzimar
Decidido lhe nomear
Diretora pra fazer jus

No ano de oitenta e três
Essa mulher pragmática
Criou ela o supletivo
Enfrentando uma problemática
E de uma forma analítica
Ensinou Moral e Cívica
OSPB e Matemática

Aposentou-se me 85
Após trinta e um anos trabalhar
Para não deixar a escola
Depois de se aposentar
Arranjou ela um contrato
Para técnica “D” de fato
E na escola continuar

Em 90 ela apoiou
Um governo que perdeu
O eleito perseguiu
E um ultimato lhe deu
Pois o prédio era alugado
Foi quando ai o Estado
Construiu um prédio seu

Foi aí que Terezinha
Pediu sua remoção
Para ir pra Bom Jesus
Encontrando a solução
Para tentar se ver livre
Da situação terrível
De total perseguição

Em maio de 91
Chegou o novo diretor
Foi um dia de tristeza
E para ela de muita dor
Como se fosse arrancado
O seu coração dedicado
Ao trabalho com amor

Voltou ela para casa
Com a sua amiguinha
Erotildes era o nome
Era amiga e vizinha
Sentiu-se muito atingida
Pois a escola e sua vida
Agora ela já não tinha

Na escola Natália Fonseca
Foi em Bom Jesus trabalhar
Uma escolinha amarela
Que lhe fazia lembrar
A escolinha que era sua
Mas a realidade crua
Ajudou-lhe a superar

Tudo ela se lembrava
Na novela carrossel
Vendo os alunos entregarem
Presentes ao menestrel
Olhando aqueles exemplos
Lembrava dos velhos tempos
Que cumprira seu papel

Lembrava ela das festas
Que os alunos faziam
Pois em seu aniversário
Seu valor reconheciam
E no dia do professor
Quando assim o seu valor
Todos lhe reconheciam

Ela amor suas escolas
Como ninguém mais amou
E até mesmo um poema
Terezinha dedicou
As escolas da sua vida
Foi a coisa mais querida
Que Terezinha gostou

“Minha escola, minha vida
Quisera hoje eu te evitar
De ausente e triste somente
As horas passam a suspirar
Todo dia por espera
Porém só vejo o dia passar
E nesta saudade assim vivo
Nunca mais vou te encontrar
Eu bem queria que aqui estivesse
Poder te ver e também falar
Já faz tempo que fosse embora
Para nunca mais voltar”

No ano de 95
Para o Córrego ela voltou
E a disposição da prefeitura
De Boa Saúde ficou
Na escola Nossa Senhora
Do Perpétuo Socorro
Dez anos trabalhou

Hoje a nossa educação
Terezinha não tem mais
Mulher forte e dedicada
Convicta em seus diais
Nos anos em que trabalhou
A muita gente educou
Com ideias geniais

Foi muito bom meus leitores
Sobre Terezinha escrever
Pois no ano de 83
Eu passei a lhe conhecer
Em Vera Cruz trabalhava
E quando com ela conversava
Tinha sempre o que aprender

Autor: Adebal Ferreira

A onça lá do meu chão

A onça lá do meu chão

A onça lá do meu chão
Por Davi Valentim


Davi Valentim


O lugar onde vivo
É cheio de amor
Chove de vez em quando
Mas, em geral faz muito calor.

Gente branca, gente negra
Convivem a trabalhar
Trabalham tanto assim
Pra família alimentar.

Açude, riacho e cacimba
Vivo neles a nadar
Gosto tanto dessa vida
E gosto do meu lugar.

Dizem muito que lá tem onça
Mas onça num tem lá não
Mas o povo é muito brabo
Que falam feito "truvão".

Lagoa de Onça é meu chão
Com linguagem particular
O povo fala avexado
É os modos de se falar.

Quando acordo de manhã
Ouço o galo a cantar
Pego logo a mochila
E vou pra escola estudar.

A noitinha durmo cedo
Ouço a coruja cantar
Sonho com um novo dia
E a rotina começar.

Davi Valentim é aluno do 6º, na Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mora na comunidade de Lagoa de Onça.
Professora incentiva imaginação e criação de histórias ilustradas

Professora incentiva imaginação e criação de histórias ilustradas

Passeando pelo Facebook me deparei com uma publicação da professora Hailda Bento sobre seu trabalho desenvolvido na Escola Perpétuo Socorro. Ela destaca as produções dos alunos nas aulas de português, inglês, história, geografia e religião. Segue o texto e as fotos.

"Mostra dos Frutos das aulas de Português no 9° ano no Perpétuo Socorro. Enquanto professora, idealizo cada aula, seja de PORTUGUÊS, INGLÊS, HISTÓRIA, GEOGRAFIA E RELIGIÃO. É... foi tudo isso este ano. Planejo cada detalhe sempre esperando o melhor. Mas, existem alunos, que conseguem superar tudo que havíamos pensado. E que bom, quando superam as expectativas. Não apenas se dispõem a participar da atividade, mas consegue viajar junto com a professora, buscando dá o seu melhor.
Amei ler cada produção do romance de vocês. Solicitei que fossem criativos, me encantei com o resultado. Viajei em cada romance"... "Eles dedicam seu tempo a nos encantar com suas histórias. Nos fazem rir, refletir, mudar de ideia e quase sempre sentir tristeza quando a história termina e chega a hora de nos separarmos dos personagens com os quais criamos laços de intimidade e amizade. Eles traduzem no papel, sentimentos que muitas vezes pareciam não ter explicação..."