Num REPENTE, da calçada

Num REPENTE, na calçada

por Joaldo Henrique e Juciê Gomes


Na calçada de Mané Luiz
Toda noite vou me sentar
Pra rever os meus amigos
E também pra conversar
Sai risada e sai lorota
Mãezinha conta anedota
Fazendo o povo mangar

Da calçada de Mãezinha
Eu quero também falar
De pessoas engraçadas
Uma história vou contar
Juciê foi pra cozinha
Macarronada preparar
E saiu de lá gritando
“Xô gato” pra enganar

Lá pra cozinha então fui
E o macarrão preparei
Chamei: “Maria, vem cá!”
E tudo pronto mostrei
Comer ela não queria
Porque jogar ainda ia
Meu prato então separei


O jogo tava até bom

Mas com fome ali eu tava
As cartas joguei na mesa
E corri pra ver onde tava
A gostosa macarronada
Nem bala num me pegava
Saí em toda carreira
Senão o gato pegava

Joaldo o esfomeado
Ali deixou o baralho
Deu um pulo da cadeira
Correndo desembestado
Pra banda lá da cozinha
Da casa da veia Mãezinha
Como se tivesse no seu telhado

Parece que eu sou besta
De esperar comer esfriar
Se tivesse eu esperado
Pra num ia ficar
Nem a graxa da panela
Pra farinha dentro botar

Mãezinha, sua danada
Desculpe mas vou dizer
E quando vier o dia
Que tu chegar a morrer
Eu vou cantar ‘incelença’
Que aprendi com ‘Eivença’
E assim é que vou dizer:

Mãezinha, minha Mãezinha
E agora o que será?
Sem tu aqui na calçada
De quem é que eu vou mangar?
Tereza já ta dormindo.
Toinha já ta se indo.
E Vera já foi deitar.


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